PERFORMANCE (Art.1) Introdução

Por Paulo Porto Alegre

Pretendo a partir deste artigo, iniciar uma sériel sobre um assunto bastante extenso: Performance.

Seis anos atrás fui convidado pela UFG (Universidade Federal de Goiás) a realizar uma palestra sobre este assunto. Confesso que , no primeiro instante, achei que que teria pouca coisa a dizer, basicamente métodos de estudo. Então resolvi me aprofundar um pouco mais no assunto e ler alguns livros a respeito.

Para minha surpresa, o assunto era (e é!) interminável!

Acabei não fazendo esta palestra, mas fiz muitas outras pelo Brasil, de Norte a Sul, e à medida que o tempo passava, o tema foi se ampliando.

Inicialmente precisei estabelecer a que tipo de musica eu estaria me referindo ao falar de Performance: da musica escrita ou improvisada.

Acabei me decidindo pela musica escrita, por ser esta, basicamente aquela à qual me dedico. Mas toda moeda tem dois lados, e tenho certeza de que todos os performers podem se beneficiar com estes apontamentos.

Neste caso especifico então, começo realizando um pensamento a respeito do trinômio compositor-interprete-ouvinte. Um não existe sem o outro e ainda que, em muitos casos, compositor e interprete sejam a mesma pessoa, é necessário as três atividades para que a musica flua e tenha sentido em nossa vida.

Depois me dedico a analisar os conteúdos técnicos, musicais , interpretativos, afetivos, imagéticos, literários, pictóricos, coreográficos e finalmente a tão discutida intuição, produto final de uma longa experiência auditiva e cultural.

Métodos de estudo serão o nosso próxima assunto. Seja ele rígido aonde o dedilhado racional, o uso de metrônomo e o método de trabalho são fundamentais; ou reflexivo, aonde o trabalho é realizado integralmente no intelecto, para depois passar para as mãos; o método é sempre importante para que o trabalho seja realizado da maneira mais eficaz e no menor tempo possível.

Trabalharei também a memoria musical; desde as fases da memorização até os tipos de memorias empregadas: muscular, auditiva, visual, nominal, rítmica, analítica e emotiva.

Leitura à primeira vista ( obviamente para quem trabalha com o texto impresso) é um auxilio indispensável para o encurtamento do tempo entre a leitura inicial e a compreensão da obra.

Finalmente vários outros assuntos como relaxamento, alongamento, preparo de um programa, trabalhando a “quarta parede”, concentração e pequenos problemas que afetam diretamente o interprete em sua atividade, também serão abordados.

Desde aquele s seis anos atrás até hoje, já li inúmeros livros sobre o assunto, trabalhei este processo comigo e com os meus alunos.

Darei no final uma longa bibliografia sobre estes tópicos abordados para quem tiver interesse em se aprofundar neste assunto tão fascinante. Espero que seja do agrado de todos.

Até a próxima!

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